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Blindness (2008)
7/10
Uma boa adaptação
27 December 2009
Warning: Spoilers
Incompreendido por muitos, Ensaio sobre a Cegueira é uma adaptação cinematográfica de uma das obras de José Saramago.

O filme retrata bem a decadência a que a humanidade em si é exposta quando o ser humano perde por completo um dos sentidos fundamentais a uma vida normal e segura: a visão.

Um filme bastante visual e impressionante que consegue analisar bem os sentimentos humanos e a sociedade em si.

Uma critica honesta à nossa sociedade.

Embora por vezes lhe falhe alguns pormenores e as interpretações de algumas personagens não sejam as melhores, o filme em termos visuais é avassalador, seguindo já do principio que o enredo é brilhante, não por ser original, mas sim por ser adaptado de uma grande obra literária.
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8/10
A comédia de Kusturica!
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um grande filme de Kusturica.

Uma epopeia cigana com um humor de excelência.

O filme chega a ser tão exagerado que é difícil acreditar na realidade.

Um pouco surrealista talvez, ou Kusturica pega nos factos mais aberrantes e ridículos e consegue transportá-los para a tela.

O filme tecnicamente é genial e está muito bem realizado, os planos, a montagem rápida, os enquadramentos escolhidos por Kusturica estão muito bem conseguidos. Além das representações estarem no ponto exacto.

O filme que conta uma história com um humor que mistura o físico com o negro.

Além de a música ter um papel fundamental, retornando assim ao período clássico em que a imagem acompanha o som como se de uma dança se tratasse, além de termos uma banda como fundo.

Mas o ridículo das situações, a maneira como ele é realizado, montado, sem dúvida que é genial.

A história começa por nos apresentar um pai e um filho, logo aí compreendemos que o equilíbrio não está presente neste filme, o exagero é o que filme se irá servir para desenvolver.

O pai um pequeno vigarista, um homem desonesto e que tenta facturar pequenos golpes para sobreviver, tenta convencer um velho cigano para contribuir com ele no golpe. Este diz que pelo apreço que tinha pelo seu pai, ajuda-o financeiramente.

Tenta aglomerar neste golpe um mafioso local, que está sempre drogado e acelerado.

Cada personagem que nos é apresentada tem a sua peculiaridade cómica e a constante desordem e caos que o filme tenta representar, fazem lembrar um pouco de "Feios, Porcos e Maus" neste filme de Kusturica.

O golpe acaba por correr mal, e para resolver o problema acaba por surgir um casamento de inconveniência, onde o pai vigarista tenta juntar o seu jovem filho à irmão do mafioso.

No entanto o jovem filho está apaixonado por outra rapariga, e nesta paixão destaco a cena dos girassóis que está muito bem realizada. Todas as peripécias que surgem a partir daqui revelam um guião inteligente e uma realização muito bem conseguida, fazendo desta pequena paródia, um clássico do cinema, onde numa comédia cuja trama aparenta revelar-se básica, acaba por se tornar num dos melhores filmes do género.

E como todos gostam o filme resulta tão bem, do modo em que não necessita de chocar para se assumir, usando assim o eufemismo para acabar com um final feliz.
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7/10
Uma forma de analisar o holocausto
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme que retrata uma situação que já foi retratada de todas as maneiras e esta é mais uma dessas maneiras.

O filme enquadra-se no período pós Holocausto e acompanha a vida de um inseguro e jovem escritor e as peripécias que lhe acontecem no seu novo quarto alugado, como vizinhos tem um apaixonante esquizofrénico e uma frágil e bela polaca que tinha passado pelos campos de concentração.

O filme vai nos revelando a personalidade de cada um, os seus segredos mais íntimos, e por tudo aquilo que passaram.

Sendo surpreendente e com uma das cenas mais marcantes que já vi até hoje.

Um estudo ao intimo humano e aos seus relacionamento.

De notar uma excelente interpretação de Meryl Streep seguida por outras boas interpretações, um bom relato em termos cinematográficos dos campos de concentração, dando um tom ligeiramente sépia a essa componente, um argumento interessante e bem realizado.
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Ran (1985)
9/10
A arte de Kurosawa
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme muito bem feito. Sem dúvida excepcional na realização.

Uma história que analisa o reverso da medalha num filme poético. A poesia chega-nos através das imagens e das representações um pouco enfatizadas mas não menos necessárias.

A conjugação da beleza da cor do cenário com os belos kimonos japoneses fazem deste filme num dos mais belos filmes em termos visuais.

As paisagens são sem dúvidas imponentes e com cores que contrastam entre si dando um equilíbrio excepcional ao filme.

Também o vermelho vivo do sangue é bem escolhido, dando assim um toque teatral ao filme. Um toque mais artístico. O exagero acaba por resultar.

Mas o filme traz consigo também um rigor técnico juntamente com qualidade e excelente escolha nos enquadramentos e planos.

Agora, a história de Ran. A história que explora o reverso da medalha. A fábula do velho Rei que abdica do poder. A critica ao ser humano. A ganância escondida dentro de todos nós. Como as aparências iludem, como aqueles em quem mais confiamos nos enganam. Várias questões morais como estas se levantam. Mas também o arrependimento, o ver os erros por outros prismas, admitir que se erra, são sem dúvida assuntos que Kurosawa também explora em Ran.

Um Rei ancião e tirano abdica do seu poder, passando o ao filho mais velho. Numa longa discussão entre ele e os seus três filhos, acaba por decidir exilar o seu filho mais novo, negando assim o seu parentesco.

De destacar a primeira cena onde revela os Senhores da Guerra, sem duvida marcante.

Apesar de os dois filhos mais velhos aparentarem a honestidade no inicio, acabam-se por revelar prepotentes, devido nomeadamente à influencia sofrida pela nova e bela Rainha.

Isto tudo conduz o ancião ao desespero e à completa loucura. Sem dúvida que as cenas da loucura estão muito bem conseguidas, revelando um homem poderoso no seu mais completo degredo.

Uma transformação forte do grande Rei. A única esperança encontra-se no filho banido que acaba por se revelar fiel ao pai.

Sem dúvida um enredo brilhante e inteligente. Um filme fatídico. Um filme que conjuga a beleza das cenas com o brilhantismo do enredo, fazendo dele uma verdadeira obra de arte poética.
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9/10
A solidão é dispensável
27 December 2009
Warning: Spoilers
Uma história de amor pouco convencional, e que revela a importância e a necessidade que temos do reconforto humano. O filme é muito bem sucedido em transmitir a ideia de solidão, de degredo humano e consegue ao mesmo tempo criar uma história de paixão que apesar de todas as circunstâncias se torna bela.

Um'filme que retrata muito bem a situação humana e que joga brilhantemente com as interpretações fortes e realistas.

A maneira como Figgis filma torna-nos mais próximos com as personagens, conduzindo-nos assim a um maior conhecimento da sua situação. Algumas cenas conseguem-nos iludir de que estamos embriagados juntamente com Ben.

A história é quase uma fábula, e a sua story line é extremamente interessante: o amor entre uma prostituta e um alcoólica.

Mas o filme está tão bem feito que conjuga na perfeição o humor com o drama, e consegue tocar-nos de modo a que sentimos pena dos personagens.

O filme começa por nos apresentar Ben. Ben é um alcoólica incurável, e é interpretado na perfeição por Nicolas Cage. As cenas iniciais conseguem nos transmitir com sucesso o degredo causado pelo álcool e o mal que este faz a uma pessoa. As cenas inicias conseguem revelar que Ben se encontra isolado, e a sua única companhia é na realidade o álcool.

Em Las Vegas encontra-se uma prostituta que é mal tratada, e que tal como Ben encontra-se infeliz com a sua vida.

Ben encontra-se num estado tão depreciativo na sua vida que é despedido do seu emprego e então decide partir para Las Vegas de modo a beber até morrer. Quando se encontra em Las Vegas no seu constante estado de alcoolismo, descobre Sera, a prostituta numa noite e aborda-a. Ela aceite em ir com ele para o seu quarto no Motel e aí começamos a perceber a bondade destas duas personagens.

O seu lado mais humano é revelado e a compreendemos que se vão apaixonando um pelo o outro por necessidade. Decidem viver juntos e baseando-se numa relação em que cada um aceita os problemas do outro vão se reconfortando.

No entanto existe o reverso da medalha, e à medida que a relação se vai tornando mais forte, as fragilidades começam a aparecer e acabam por se separar. No entanto sentimos, que estes dois infelizes se tivessem encontrado noutra situação poderiam ter sido felizes.

No final, o filme torna-se trágico e Ben acaba por morrer devido ao excesso de álcool. É sem dúvida um filme marcante, genial, muito bem realizado onde a música Jazz vai acompanhando o ritmo do filme.

Um filme que se torna quase como uma lição de vida e segue uma história muito original e controversa. Um dos melhores filmes que há sobre a solidão.
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Crash (1996)
6/10
Ousado.
27 December 2009
Warning: Spoilers
Ousado, chocante e sem qualquer tipo de tabus. David Cronenberg foi aos limites com este filme.

Um filme tão doentio que só dizer esta palavra não abrange todo o complexo do filme.

Sem dúvida que o argumento é original mas o filme trata temas tão doentios que é difícil vê-los a serem tratados tão naturalmente.

O filme aborda o tema da psicopatologia, mas se pensam que vão ver um Joker do Batman ou o De Niro no Cape Fear estão muito enganados. Estes psicopatas são psicopatas a sério.

Pessoas normais, pessoas que se cruzam connosco no quotidiano e que nós não damos conta delas.

A sua demência centra-se em atingirem o seu climax sexual numa colisão de automóveis e que encaram o paraíso como morrerem num acidente de viação.

Só este tema por si é doentio, mas todos os psicopatas são mais estranhos que os anteriores e expõem o seu ponto de vista de uma maneira tão natural como se tivessem a falar do tempo.

Sem dúvida que o filme é uma obra-prima da controvérsia e da obscenidade, com cenas bastante marcantes e perversas.

Não aconselho este filme a todos devido à sua componente bastante obscura e perturbadora, é um filme que não tem limites e quando se pensa que já se viu o máximo, o filme surpreende-vos com algo mais incrédulo. Têm de ir de estômago bem vazio e com uma mente bem aberta.
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8/10
Um dos melhores filmes de guerra
27 December 2009
Warning: Spoilers
O melhor filme de guerra que vi até ao momento.

Sem dúvida que com Full Metal Jacket temos uma análise profunda e extremamente coerente sobre o mais negro que há no ser humano. Tudo isto devido ao realismo e à maneira incrível com que Stanley kubrick maneja a câmara e dirige as cenas e os seus actores.

Apesar do filme ser tão realista, Stanley Kubrick consegue sempre transmitir as situações de uma maneira exagerada de modo a compreendermos totalmente a demência.

Este filme pode ser dividido em duas partes, e ambas representam duas fases na transformação do homem num monstro, ou como se diz no filme "uma máquina de matar".

O filme é genial, e sentimos a ironia sempre presente, os ângulos de Kubrick são avassaladores, e os takes longos dão-nos a surpreendentemente a ideia de proximidade com a personagem, atingindo assim a sensação de estarmos a viver todos os acontecimentos no filme.

Kubrick é inegavelmente um dos maiores artistas na história da arte cinematográfica e com Full Metal Jacket atinge mais uma das suas obras primas.

O filme trata a guerra, e analisa na sua totalidade, por isso começa por nos apresentar a fase de recrutamento, a fase de recrutamento é algo de avassalador, e mostra-se o máximo fiel à realidade.

A rigidez e a dureza estão presentes num método de automatização exercido por um General extremamente cruel e frio. O papel é desempenhado com excelência e nesta fase observamos dois antagónicos, um recruta falhado que enlouquece devido à pressão exercida pelo instrutor.

Na realidade a disciplina imposta demonstra de como é necessária uma lavagem cerebral para o homem enfrentar a guerra.

Mas o que destaca realmente a primeira fase de Full Metal Jacket é a transformação do recruta "incapaz". Aqui poderemos admitir que se trata de quase uma sequela de The Shining, Kubrick regressa desta vez com o processo de loucura causado pela rigidez e pela pressão.

As interpretações são sem dúvida brilhantes, e maneira de como Kubrick nos apresenta a personagem é de algum modo arrepiante.

Após esta traumática experiência, viajamos para o próprio Vietname. Nesta fase, observamos a própria guerra, apesar de a maneira de abordar a guerra seja semelhante às outras, não muito elaborada em termos guionisticos, Kubrick destaca-se pela originalidade de como filma, os takes longos e os cenários completamente avassaladores, tornam esta experiência única.

Algo de novo assistimos em Full Metal Jacket, algo brilhante e perturbador ao mesmo tempo.
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9/10
Melancolia
27 December 2009
Warning: Spoilers
Dois desconhecidos numa cidade desconhecida, conhecem-se e tornam-se amigos. Este é o tema base de Lost in Translation.

Duas pessoas hospedadas no mesmo hotel passam o dia num aborrecimento depressivo até ao dia em que se conhecem um ao outro, neste momento Sofia Coppola consegue captar bem o entendimento que surge de imediato entre os dois.

Formam uma forte amizade e vão conhecendo melhor a cidade de Tóquio e alguns dos seus habitantes, os seus velhos e novos hábitos, revelando um Japão muito americanizado.

No entanto é um filme muito melancólico o que faz com que certos momentos sejam chatos e desinteressantes. É um filme que trata a solidão de um modo muito particular. Um argumento original, boas interpretações e uma boa realização.
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6/10
Algo genérico
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme genérico de Clint Eastwood, que aligeira demasiados géneros todos constituídos num só filme.

Um filme que acaba por polir pouco aquilo que era necessário, deixando passar ao de leve o que realmente interessava. Eastwood poderia decidir seguir só um género.

Ou revelava um lado mais humanístico, um lado mais frio ou um lado mais policial. Aligeirando isto tudo, torna o filme a saber pouco.

O que realmente não é uma má história, não muito original, torna-se talvez demasiado lamechas e pouco convincente. Também tem algumas falhas na linearidade, algo que eu não consigo compreender, qual o objectivo de terem raptado o miúdo, e a cena em que ele é atingido pelo miúdo, parecem me todas elas cenas forçadas, artificias, que não foram desenvolvidas naturalmente, servindo apenas de pretexto para desenrolar aqueles dois pontos cruciais.

O filme conta a história de um criminoso que na realidade não passa de uma pessoa humanista e com bom carácter, que simplesmente vê o crime com um meio a atingir um fim extremamente necessário.

Este torna-se criminoso pela habitual questão da sociedade ter falhado com ele, levando nos a crer que este homem inserido noutro plano social acabaria por ser outro tipo de cidadão. Pois bem, este foge com outro criminoso bem mais vil e perturbado. E no meio do nada raptam o miúdo.

A partir daqui enfrenta-se uma batalha entre o bem e o mal, com alguns bons momentos não haja dúvida. Ao longo do filme vamos conhecendo melhor o personagem principal e vamos acompanhando uma aproximação reconfortante entre o raptor e refém.

Um filme sentimental, que tenta fazer isso mesmo, ser lamechas, não exagerando quando necessário, ou seja, um filme que acaba por ficar no meio-termo.

Está bem realizado, e na realidade acaba por ter ideias interessantes, contrastando com alguns diálogos pouco convincentes, originais, clichés, forçados. Tem uma boa cinematografia e do ponto de vista estético e visual é um filme interessante de se ver, o argumento não é dos melhores, e as interpretações acabam por não ser más. Um filme que lhe falta qualquer coisa para atingir o ponto certo.
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9/10
Tocante
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme que vai para a minha lista de filmes de grande qualidade.

Benjamin Button é um filme tão bem feito que nos toca, uma história fantasiosa mas tão interessante, tão verdadeira, tão bela que o seu sentido abstracto só torna o filme mais peculiar do que aquilo que já é.

David Fincher faz este filme magnífico com uma excelente cinematografia, interpretações, cenários, argumento, banda sonora, tudo neste filme é espectacular, e no entanto é um filme tão humano e tão puro que nos dá vontade de chorar.

Sem duvida que o filme é absolutamente maravilhoso e que nunca o Slumdog Millionaire deveria lhe ter roubado os Óscares.
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5/10
Bollywood levada para Hollywood
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme emotivo e que tenta representar as fracas condições de vida do Terceiro Mundo. Quanto a estes dois pontos penso que o filme conseguiu alcança-los.

Mas há muitos outros pontos que para mim o filme não alcança o que faz dele um filme sobrevalorizado pelo público em geral e pelas críticas.

É um bom filme, não haja dúvida, excelente trabalho de Danny Boile, um guião bem estruturado, uma história original e interessante de se seguir e as interpretações são razoáveis.

No entanto há outros aspectos que poderiam ser melhorados e que acho que não fazem deste filme um grande filme, um filme que marca.

Eu penso que o filme resultaria melhor se todo ele fosse falado em Hindu, fazia dele mais puro e genuíno, a banda sonora não condiz particularmente com alguns excertos do filme e algumas histórias secundárias e personagens são mais que ocidentalizados.

O filme consegue mostrar bem as baixas condições de vida dos bairros de lata indianos, não resultando tão bem como Cidade de Deus, e também faz uma ligeira análise ao sub mundo indiano e aos bastidores de um programa de grande envergadura como o "Quem Quer Ser Milionário".

No entanto algumas atitudes das personagens revelam claramente o toque hollywodiano e falso. O filme talvez se destaque por ser um filme pioneiro em grande escala do género. Daí a enorme atenção que lhe foi dada.

É uma bonita história de amor, mas a maneira de como o filme a retrata, parece que na Índia só aquelas duas personagens existem juntamente com o irmão do protagonista, toda a trama se centra nelas quando não era necessário, o que faz com que haja um retrato falso e exagerado.

Era um filme que tinha que acabar bem. Mas que para os temas que retrata dá demasiada atenção às personagens principais e deixa fugir outros pormenores não menos interessantes. Um filme que eu aconselho a todos, porque na realidade é um bom filme, mas não um excelente filme como é dado a entender.
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9/10
Cativante
27 December 2009
Warning: Spoilers
Uma das trágicas comédias mais bem conseguidas. Um filme indubitavelmente tocante, comovente e no entanto bastante cómico.

Benigni consegue misturar o drama com o humor físico e inteligente ao mesmo tempo que prova que a vida é bela relatando um dos mais frios períodos da história.

Todos os passos do filme estão bem conjugados e acaba por se revelar uma boa surpresa.

Um filme bem disposto, tão bem disposto que nos comove. Um filme que dá gosto em ver.

Como no inicio explica, uma filme retrata uma fábula. E para isso teremos que meter os preconceitos de lado, de modo a analisarmos o filme correctamente.

Não podemos dar demasiada atenção aos erros e aos acontecimentos pouco prováveis, porque o filme necessita deles para prosseguir e para se tornar numa fábula.

O filme começa por nos apresentar uma das mais afáveis personagens do cinema: Guido. Guido é o tipo de homem que se encontra bem com a vida, não condena nada, e em todo vê beleza. Um homem com um apurado sentido de humor e que é impossível de não gostar. Tudo parece correr bem a Guido pois ele simplesmente não demonstra que a vida lhe corre mal, devido ao seu bem conseguido espírito alegre, interpretado com mestria pelo próprio director do filme Robert Benigni.

Até ao dia em que conhece a sua "Princesa". Guido começa a fazer tudo para a conquistar, levando-nos a observar uma sequência inicial bastante cómica, bem conseguida, honesta, bem montada, e acima de tudo, simples.

Ao mesmo tempo vamos começar a ter uma percepção da ascensão do etnocentrismo, o que irá conduzir aos terríveis campos de concentração.

Após todos os pormenores encaixarem uns nos outros e de nos deixar bem temperados, o filme conduz-nos a um Guido casado, feliz e com uma jovem criança. Aqui começa talvez um período, em que Benigni tenta de um certo modo conciliar um pouco do neo-realismo italiano com o seu estilo. Acompanhado sempre pela sua criança, Guido é levado para um campo de concentração.

E como eu digo para meterem de lado os acontecimentos pouco prováveis devido a este filme ser uma fábula, eis que acontece um, a mulher de Guido para não deixar o marido, num acto de amor, decide ir também para o campo de concentração.

A história prossegue e comove-nos pela maneira como Guido tenta ser sucedido em explicar ao seu pequeno filho de que aquilo não passa tudo de um jogo. Iludindo-o assim, o esforço que ele faz para o iludir, é benemérito e cativante, iludindo-nos deste modo a quem vê o filme.

Aligeirando toda a situação com um pouco de humor, o filme consegue conjugar na perfeição uma das mais extremas contradições. O ódio humano levado pelo bom humor, não nos chocando, e mostrando que apesar de tudo, as pessoas são boas, são solidárias, e que temos que chegar à conclusão que a vida é bela.

E como podemos perceber que a vida é bela com um filme cujo final é tão trágico? Através da sua personagem principal, que nos demonstra como a vida é bela, devido ao seu optimismo, ou então de como nos ilude, de como nos engana, e apesar de no fundo estar triste e desorientado, tenta sempre transparecer que tem tudo controlado, que não há problema.

Afinal de contas o final acaba por não ser tão dramático, ou seja, não é mais do que aquilo que é necessário. Será que se Guido tivesse sobrevivido, o impacte do Holocausto neste filme seria tão grande? Não ficaríamos com uma noção mais ligeira do holocausto? Provavelmente o filme acabava por dar uma ideia errada, assim com a morte do nosso herói, percebemos o terror do holocausto sem precisarmos de conhecer os factos ao seu profundo pormenor. Deste modo o filme consegue ser conduzido ao ritmo do humor e comovendo-nos e chocando-nos ao mesmo tempo. O final acaba, por conjugar também a felicidade, porque apesar de tudo, Guido acaba por ser bem sucedido, em iludir o filho, protegendo-o deste modo não só da violência que o envolvia, mas também protegendo-o da morte.

Um grande filme, com aspectos visuais interessantes e uma boa banda sonora, que nos consegue traduzir a conjugação que o filme faz tão bem da tristeza e da alegria. As interpretações, a montagem, a cinematografia, o argumento, e a realização estão muito bem conseguidos. Pegando assim nesta fábula original de modo a não decepcionar, e a tornar assim La Vitta é Bella num clássico.
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6/10
Nada de especial
27 December 2009
Warning: Spoilers
O que eu entendi pela Cara Que Mereces foi a história de um homem de 30 anos que anda desapontada com a sua vida, leva uma vida vulgar e desinteressante.

No seu dia de anos fica doente com varicela, uma doença típica de uma criança.

E eu penso que ele aproveita esse seu período em que está doente para reviver a infância, criando assim sete personagens que iram cuidar dele, fazendo um jogo na sua cabeça em que elas apesar de serem todas adultas, agem como crianças e as suas atitudes têm consequências talvez menos desagradáveis porque a história é contada assim.

No entanto o filme é um pouco cansativo, uma ideia engraçada e está bem filmado, um filme bonito de se ver não haja duvida. Mas no entanto não é nada de transigente, um filme médio.
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Manhattan (1979)
9/10
O génio Woody Allen
27 December 2009
Warning: Spoilers
Manhattan, um dos filmes mais brilhantes de Woody Allen.

O filme começa por nos apresentar uma das melhores cenas iniciais na história do cinema, o fantástico e elegante preto e branco, sobre a voz frenética e insegura de Woody Allen ao mesmo tempo que este descreve através da excelente conjugação de música, palavra e imagem, o que para ele é Nova York.

Woody Allen prova com este filme, nomeadamente com esta brilhante cena, de que o cinema é uma das mais belas artes. Toda a fotografia do filme é excelente e espectacular, muito bem trabalhada, fazendo Manhattan um dos filmes mais visuais de Woody Allen, acho a fotografia de Manhattan tão genial que cada segundo do filme poderia ser parado de modo a ser exposto numa galeria.

Claro que não nos podemos esquecer dos inteligentes diálogos que Woody Allen cria, cada um especifico à sua personagem e levados com humor. A música também está bem escolhida, dando maior profundidade ao filme.

Mas o que realmente torna Manhattan espectacular é a sua história. Ike, um argumentista de pequenos acontecimentos televisivos anda a ter um caso com uma jovem de dezassete anos, aqui ele enfrenta o dilema de acabar a relação devido à idade da rapariga. A esta trama junta-se o seu melhor amigo, que também enfrenta o dilema do homem casado que comete adultério. O seu melhor amigo anda a ter um caso amoroso com uma mulher forte, inteligente e bonita, excelentemente representada por Diane Keaton.

Neste clima de insegurança, Woody Allen consegue alienar sempre situações cómicas mas de grande excelência, como é o caso do seu antigo casamento com uma bissexual, fazendo assim uma paródia à personagem principal.

Nota-se que há amor a Nova York neste filme e Woody Allen consegue nos transmitir inteligentemente do quão absorvente Nova York é. Raramente uma cena é filmada no mesmo cenário, e Woody Allen leva-nos a fazer uma viagem pelos locais mais estimulantes de Manhattan, visitamos galerias, cafés, restaurantes, Central Park e mesmo as ruas noviorquino ao mesmo tempo que acompanhamos a trama.

Woody Allen consegue assim desenvolver uma história muito bem conseguida, que consegue encaixar todos as personagens e acontecimentos de um modo inteligente, tendo como plano de fundo a cidade exuberante de Nova York.

Manhattan é um dos melhores filmes de Woody Allen e um dos melhores filme que vi nos ultimos tempos.
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The Punisher (2004)
6/10
Capaz do melhor e do pior
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme capaz do pior e do melhor.

The Punisher é um filme de super-heróis da Marvel mas não de um orçamento gigantesco como os outros.

No entanto consegue escapar gentilmente a esse processo e não se desenrasca mal.

Embora tenha cenas horríveis, muito clichés, fraquinhas, muito típicas de um filme de acção, alguns diálogos um pouco supérfluos.

Mas no entanto a história em si não é desinteressante, as interpretações não são más e a banda sonora é assim a assim.

Mas o que eu realmente gosto neste filme é a transformação da personagem principal, de algumas personagens como são caracterizadas, e como são filmadas, acho que são personagens bem interessantes e também tem algumas cenas memoráveis, mesmo muito boas, com bons planos e bem filmados, falha-lhe a falsidade.
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Almost Famous (2000)
6/10
Uma comédia moderna normal
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme que entretém mas não surpreende.

Um guião sólido e um pouco original e representações consistentes, no entanto é um filme que não consegue fugir à regra das modernas comédias dramáticas.

O filme todo em si não consegue acompanhar o que tem de melhor e acaba por não surpreender, tem uma boa estrutura e consegue um bom retrato dos bastidores do Rock and Roll dos anos 70.

É um filme que entretém qualquer pessoa porque não chateia, no entanto não é nada de especial, não é um filme que nos marque, simplesmente é um bom conjunto de ideias misturadas em algo que acabou por dar resultado, mas este acaba por ser um pouco tímido e não muito revelador.
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9/10
A consequência de sermos humanos
27 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme complexo e intemporal sobre a consequência de sermos humanos. Ingmar Bergman vagueia em Det sjunde inseglet sobre os dogmas e as crenças que os humanos criam, e põe-nas em causa, ao mesmo tempo que consegue criar personagens carismáticas e interessantes.

Bergman transporta questões actuais, produzidas pelas duvidas existenciais, enfrentando assim os dogmas e as crenças desenvolvidas pelo ser humano, para a Idade Média.

Este facto torna o filme intemporal, dando-lhe assim um maior impacto, Bergman fica deste modo com maior margem para explorar e aprofundar os seus conceitos.

Não haja dúvida que Det sjunde inseglet é um filme filosófico e que consegue conjugar o seu conteúdo com o seu pano de fundo, que é exactamente a análise à Idade Média. Um período cru, negro e cruel, onde o mais básico do ser humano é exposto.

Assistimos à crueldade onde Bergman mistura três períodos medievais, a guerra, neste caso, a guerra dos Cem anos, a peste negra e a perseguição ao ateísmo e paganismo, ou seja, tudo o que não fosse cristão.

As personagens que Bergman desenvolve são deveras desenvolvidas e preponderantes, cada uma é atingida por sabedoria que lhes dá uma maior agilidade verbal e consciência. Nomeadamente o cavaleiro e o escudeiro.

O filme também é fatalista, pois partimos da premissa que todos morremos, mas que todos tentamos fintar a morte.

Bergman metaforiza isto na perfeição, ao colocar a sua personagem principal a jogar xadrez com a personificação da morte, cada jogada torna-se um adiamento à morte do cavaleiro, e apesar de ele saber que irá morrer, tenta cada vez mais adiar a sua morte de modo a descobrir mais sobre a vida. Ele procura o Conhecimento, o conhecimento de que Deus existe, de modo a poder ir para outra vida mais tranquilo, e assim deste modo questiona as ideias básicas da vida, apesar de nunca obter respostas concretas, todas as respostas que obtém são vagas ou então formuladas com novas perguntas. Talvez a resposta mais concreta que recebe será a resposta do seu escudeiro ao analisar o olhar de uma jovem que está prestes a ser queimada. Este momento é único e para mim uma das cenas mais marcantes da história do cinema, o escudeiro observa que ela começa a tomar consciência de que irá para o vazio, não há nada após a morte. Absolutamente genial.

Mas o filme não é só uma análise à essência da vida, não se trata só de Filosofia, mas também temos uma característica interessante no ferreiro e na sua mulher. Bergman tenta explicar com este casal, o poder da mulher, nomeadamente o seu poder persuasivo, e como a mulher age na consciência do homem. O filme também dá um sinal de esperança.

Ao longo do filme, sob todo o seu negrume, esconde-se uma mensagem que não se revela à primeira vista. Um casal de actores, viaja com uma criança e apesar de andar colado à morte, consegue escapar-lhe, dando assim vida à alegria e à criança.

Bergman também nos desvenda o lado fatalista da vida, quando a Morte diz, literalmente, que ninguém lhe escapa. A própria personagem da Morte é intrigante o suficiente para se tornar um ícone, a maneira como é caracterizada é soberba e interpretada de um modo frio que lhe acentua na perfeição.

Bergman consegue com este filme, criar um clássico do cinema, um filme genial que consegue imagens únicas, originais, inigualáveis e que transformam Bergman num mestre cinematográfico. Quem se esquece da imagem do cavaleiro, brilhantemente representado por Max von Sydow a jogar xadrez com a morte à beira mar? Uma imagem única, das melhores da história do cinema, algo que mesmo passado cem anos irá continuar a marcar.
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10/10
O melhor da década
27 December 2009
Warning: Spoilers
Desde a primeira cena em que o grito arrepiante dos violinos soa, ao mesmo tempo que o fade in de uma encosta norte americana surge na imagem, apercebe-mo de que There Will be Blood vai ser um grande filme.

E na realidade não desapontou, tornou-se cada vez mais imponente e espectacular a cada minuto que passava, por isso arrisco dizer que There Will Be Blood é até agora o melhor filme da década.

A realização de P.T. Anderson é de excelência, e a pormenorização de todas as actividades no filme é surreal.

O filme reproduz na perfeição o método de produzir petróleo, conjugando assim a história de um magnata petrolífero. Este magnata, Daniel Plainview, representado, num dos melhores papéis até agora, por Daniel Day Lewis, torna-se numa das personagens mais interessantes, intrigantes que houve na história do cinema. A maneira como é caracterizado é soberba, a realidade na sua representação é como todo o filme arrepiante.

O filme não necessitava de reproduzir tão fielmente a época em que se envolve porque a personagem principal capta toda a atenção desde a primeira cena. Quando observamos um homem duro, que ao partir uma perna, vai a rastejar pelo meio do deserto, compreendemos que Daniel Plainview é uma personagem excepcional, vai ser ele que nos irá prender ao ecrã até o filme terminar.

As cenas que se seguem são excelentes, o meio ambiente é descrito pela cinematografia que capta com perfeição as cores e os contraste que ele representa.

Também a banda sonora fez deste filme único, um ritmo arrepiante e constrangedor acompanha praticamente todas as cenas, dando assim o ritmo exacto e fazendo uma das mais originais e brilhantes conjugações entre um filme e a sua banda sonora.

There Will Be Blood é todo ele constituído por grandes cenas, cenas que marcam, desde a primeira à ultima, quer sejam as cenas que representam uma parte mais documental ao analisarem com perfeição o processo mecânico da extracção de petróleo, ou as cenas em que Daniel Plainview discursa de modo a vender o seu serviço ou mesmo as relações humanas que existem no filme.

O filme é duro, é cru e é tão frio na sua totalidade que se torna magnifico visualizá-lo. É difícil escolher qual o melhor fotograma porque cada um se supera reciprocamente.

There Will Be Blood é automaticamente um clássico dos tempos modernos, um filme que é um exemplo. Uma obra prima cinematográfica, algo que nos deixa, no mínimo incrédulos e a desejar que a sua trama fosse eterna.
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Pulp Fiction (1994)
10/10
Obra prima!
22 December 2009
Obra-prima! A obra-prima de Tarantino, uma obra-prima cinematográfica e uma obra-prima da arte toda em si.

Um filme perfeito, sensacional, espectacular, extraordinário, surpreendente e por muitos adjectivos que lhe dê não consigo arranjar o adjectivo certo quanto genial este filme é.

Sem dúvida o filme que mais me marcou até hoje, um filme que desde o primeiro segundo até ao ultimo, um filme em que desfruto de cada cena como se tivesse no céu, todas as cenas são excelentes, estão bem feitas, interessantes, cativantes, desde os créditos inicias até à situação mais constrangedora do filme, não houve um único segundo que eu desviasse o olhar, um filme tão bem feito que combina perfeitamente todos os aspectos e combinações que um filme pode ter.

A sua duração dura 2 horas e meia e conta apenas três histórias de uma maneira genial e original. A maneira de Tarantino filmar é toda em si interessante, sem defeitos, não falha num plano, num ângulo, não falha em nada, o filme que eu considero impossível de fazer o remake, porque não podia ser melhorado em nada.

O argumento não e nada menos do que uma obra prima da literatura, a maneira como ele é construído, estruturado, o diálogo real, inteligente, invulgar, peculiar, e representado por cada personagem que não podiam representar melhor os seu papeis filmados e caracterizados da melhor maneira possível fazem do Pulp Fiction algo soberbo, impensável de imaginar até se ver.

Um filme que não tem pontos mortos, que não cansa, está sempre em movimento, e não exagera da acção, simplesmente usa a quantidade exacta.

Sem duvida que é por causa de filmes como este que eu quero fazer cinema, só para saber qual a sensação de atingir a genialidade e a satisfação por a perfeição exposta à nossa frente.
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5/10
Nada de surpreendente.
22 December 2009
Nada de surpreendente, cativante, genial ou original.

Simplesmente histórias banais, contadas de uma maneira mais ou menos banal.

Um argumento bem escrito e estruturado e o filme em si não está mal realizado e nem pensado, mas alguma falsidade sobressai, fazendo relembrar um pouco "cinema garbage".

Algumas interpretações e como são montadas, falham francamente e fazem perder a intensidade das cenas que poderiam ser mais interessantes.

As relações amorosas contadas por três irmão que acabam por viver na casa do mais velho.

Toda a história é demasiado previsível, salva-se os diálogos que acho realistas e interessantes, e que no meio do filme conseguem sobressair.

O filme entretém e acaba por não ser nem muito chato nem cansativo. Mas no entanto não marca, um filme monótono.
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Magnolia (1999)
10/10
Genial!
22 December 2009
Warning: Spoilers
Genial! Sem duvida um dos melhores filmes já feito até hoje, interpretações, montagem, cinematografia, argumento, realização, banda sonora.

Todas as suas componentes são excepcionais, um filme que explora o mais íntimo do ser humano.

Um filme que explica os arrependimentos, que nos toca, que tem um pedaço de todos nós.

Um filme muito humano.

Mas muito bem feito, um filme que resulta em todos os níveis apesar da sua complexidade.

Um filme que intercala várias histórias, não por elas estarem relacionadas umas com as outras devido a laços ou a relações, mas sim por estarem ligadas devido a emoções, a semelhanças, a condições, ao seu conteúdo.

Um filme belo, com personagens e uma história interessante, peculiar e necessária.

Uma obra de arte.
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The Brave One (2007)
5/10
Um filme mediocre.
22 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme medíocre que tenta relatar algo não muito novo nem muito original da mesma maneira que já foi imensamente relatado.

A primeira montagem do filme é claramente cliché, onde nos dá a conhecer a personagem pré-acontecimento e o seu meio envolvente, de como ela tinha uma vida perfeita e feliz. O tipo de montagem, interpretações e trama inicial são tipicamente reutilizadas em filmes de Hollywood saindo quase sempre a mesma coisa, e neste filme não é excepção.

Todo o filme em si é constituído por inúmeras partes de "onde é que eu já vi isto?" indo buscar consecutivamente várias cenas e a maneira como estas são idealizadas e filmes já generalizados, pouco originais, saindo todos da mesma máquina.

Sem dúvida que é raro dar-nos a conhecer algo de novo neste tipo de tão filme, estando já tão uniformizada que as cenas e o seu seguimento se vai tornando cada vez mais previsível.

Resumindo, a história baseia-se numa mulher feliz e apaixonada que após um assalto brutal o seu marido é morto. Esta torna-se fria e calculista nas suas acções futuras. Tornando-se numa assassina em série enfrentando o dilema do Bem e do Mal.

O resto do filme não consegue escapar aos clichés e às ideias já formuladas. Interpretações razoáveis, argumento razoável e uma realização com pouco ou nada de destaque. Um filme mediocre.
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Se7en (1995)
9/10
Um filme que consegue escapar.
22 December 2009
Warning: Spoilers
Num género muito batido, onde os filmes se têm vindo a tornar cada vez mais repetitivos, cansativos, previsíveis e banais, David Fincher consegue fugir à regra criando um dos melhores filmes inseridos dentro do género thriller policial.

O relato de um serial killer psicopata que matava baseando-se nos sete capitais e da investigação levada a cabo por dois detectives bastante antagónicos, a história poderia ser realizada e feita de uma forma vulgar como os restantes filmes do género, mas este escapa e consegue ser um filme inesquecível.

Começando pelo argumento, original, inteligente, perspicaz, com uma linha estrutural muito bem seguida e a criação de diálogos muito bem construídos e paradoxais, já para não falar de um grande final.

A cinematografia joga com as luzes também inteligentemente de modo a criar e tipificar cada personagem e cada cena.

Uma montagem também ela excelente, senda rápida, precisa e muito bem conseguida.

Excelentes interpretações que encaixam perfeitamente em cada personagem, e o excelente trabalho na realização de David Fincher que consegue planos e cenas memoráveis.

Tudo isto fez de Se7en um dos melhores filmes do género e que um estúdio de Hollywood conseguiu finalizar, original, inovador e inteligente.
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9/10
Um filme arrebatador
22 December 2009
Um grande filme.

Um presente delicioso para adeptos de cinema! Um filme grandioso, poético, lírico, arrebatador, excepcional, um filme que não falha, atinge quase a perfeição! Baseado numa obra prima fantástica da literatura o filme segue as mesmas linhas e apesar de maneira diferente liga-se à grandiosidade do livro e transforma-se numa obra prima cinematográfica.

Muito bem conseguido, excelente banda sonora, interpretações, planos, cores, figuração, cenário, todo em si é sem dúvida espectacular.

Um dos melhores filmes feito até hoje. Muito bem trabalhado sem dúvida.

Exemplar. Um filme que corresponde e ultrapassa as expectativas, um filme que soube aproveitar os meios que lhe foram dados.
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Lovely Child (1990)
6/10
Um filme médio de João Canijo.
22 December 2009
Warning: Spoilers
Um filme médio de João Canijo.

Pouco esclarecedor, não muito interessante, consegue arranjar uma personagem ou outra mais peculiar, mas o filme todo em si é uma desorganização revista na tela.

Falta estética e organização no guião o que faz dele um pouco falso e pouco conclusivo.

O filme de resto está bem feito, como qualquer tipo de filme português, bem filmado e bem dirigido, tirando talvez a última cena que deixa um bocadinho a desejar por ser pouco concisa.

Em termos de cinematografia está bem feito, os actores têm boas participações e dá um retrato ligeiro sobre rebeldia, no entanto a mistura dos géneros que acabam depois por não ser concluídos, muitas perguntas ficam por responder, quando era necessário.
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